A TERNA MISERICÓRDIA DE CRISTO JESUS!

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade (Cl 3:12).
Em Filipenses 1:8 lemos: “Pois minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus”. Nesse versículo encontramos a expressão “terna misericórdia” de Cristo Jesus, cuja palavra grega é splágchnon, que significa entranhas, vísceras. Essa mesma palavra é traduzida em 2:1 para “entranhados afetos” e em Colossenses 3:12 para “ternos afetos” de misericórdia. 
Antigamente se cria que os sentimentos mais extremos do ser humano, tais como amor e ódio, tinham sua origem nas entranhas, nas vísceras. Por isso o homem pode amar com intensidade uma pessoa e passar a odiá-la com a mesma intensidade se for traído por ela. De acordo com o dicionário bíblico Strong, nas entranhas estava a sede dos sentimentos mais puros e profundos do ser humano.
Desde que o homem desobedeceu a Deus no Jardim do Éden, sua natureza foi corrompida pelo pecado, e seus relacionamentos passaram a ocorrer baseados na carne, tendo a competição como sua principal característica. Embora em geral procuremos usar de diplomacia, nossa vida natural é competitiva e interiormente vivemos em constante disputa com outros, surgindo invejas, ressentimentos e mágoas. Nesse ambiente de disputa não há como edificar a igreja.
Por isso, em Colossenses 3, antes de recomendar que nos revistamos de ternos afetos de misericórdia, Paulo começa lembrando-nos que morremos para as características naturais advindas da queda do homem e agora temos uma nova natureza. Nos versículos 5, 8-9 vemos o que há nessa velha natureza, o velho homem: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria. [...] Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. Todos esses elementos compõem nossa natureza terrena e afetam nossos relacionamentos na igreja.
Você já sentiu raiva de um irmão a ponto de perder o controle e o domínio próprio, gritando com ele? Já ficou indignado com alguém na igreja? Já falou mal de um irmão com quem serve? Especialmente quando reprimimos um sentimento por algum tempo, acabamos por não suportar mais e caímos na maledicência. Todas essas situações ocorrerão enquanto não nos despojarmos de nossa velha natureza caída. Se estivemos vivendo no novo homem não haverá discriminação entre nós, porque nele Cristo é tudo em todos (Cl 3:10-11).
Após lidar com a nossa natureza terrena, Paulo apresenta a nossa necessidade no versículo 12: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. Todos esses elementos não estão em nossa natureza terrena, mas na “terna misericórdia de Cristo Jesus”, no splágchnon de Cristo Jesus. 
O Senhor quer nos abençoar, contudo, se não limparmos as mágoas e ressentimentos que há entre nós e continuarmos com maledicências, maldade, iras, disputas e competição, não há como avançar. Precisamos dos ternos afetos de misericórdia de Cristo Jesus. Louvado seja o Senhor!
Pastor Silvino Castro - #Conselheirodafamilia

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