Os jovens, o voto e a internet

Garotos e garotas entre 16 e 17 anos só participam do pleito se optarem por tirar título eleitoral. É uma amostra do voto não obrigatório, que na Região tem um total de 27 mil eleitores em um universo de 1,9 milhão de cidadãos aptos a escolher seus governantes locais. Estudiosos analisam que o número poderia ser maior e que o desencanto com a política, como é praticada atualmente, seria a razão para que o contingente não seja maior. É uma tese que talvez tenha de esperar mais algumas eleições para se confirmar, isto é, uma tese que depende do aperfeiçoamento da prática democrática no Brasil.
A relação entre o jovem e a internet, mais especificamente como se dá a forma desse contingente da população buscar informações. Personagens da história recente e de algumas décadas passadas são pouco conhecidos desse novo público. Alguns nunca ouviram falar do ex-presidente Getúlio Vargas, cujo governo mudou a cara do País em meados do século passado. Até mesmo figuras como o ex-senador Demóstenes Torres, cassado dias atrás pela relação pouco exemplar com um bicheiro de Goiás, passam despercebidas para alguns jovens.
Se a internet é considerada uma poderosa ferramenta de informação, uma gigantesca biblioteca universal à disposição dos internautas, seus escaninhos ainda estão sendo pouco explorados pela juventude, mais atenta às redes sociais, aos contatos com amigos, além dos inevitáveis jogos virtuais. Mesmo essa constatação pode ter várias leituras, e uma delas pode ser a de que os jovens dos dias atuais ainda não buscam informação de forma intensa, mas têm à disposição um universo imenso na rede mundial de computadores. Se as oportunidades são maiores, os tempos são melhores.

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