DIA 16 DE JANEIRO. DATA CHAMA A ATENÇÃO PARA À LUTA POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO NOS CANAVIAIS.

Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana.
Sangue suor e lágrimas. Na maioria das vezes tem sido a situação dos trabalhadores que batalham desde muito cedo nos canaviais. Sob condições de vida muito precárias esses trabalhadores possuem muito pouco e sem alternativas no campo, enfrentam condições climáticas adversas para colocar o pão em sua mesa. O trabalho no corte de cana-de-açúcar é, reconhecidamente, um dos mais árduos do meio rural brasileiro. Assim, hoje, o ritmo imposto aos trabalhadores é de competição com as máquinas, já que uma colheitadeira realiza o trabalho de 80 a 100 pessoas. Excesso de horas extras é um dos problemas mais comuns nas lavouras do país. E não para por ai. Existem vários problemas vivenciados pelos cortadores que torna esse tipo de serviço algo similar ao trabalho escravo. Além do ambiente precário, eles convivem as altas temperaturas, o transporte fornecido geralmente é mal conservado, misturando trabalhadores a ferramentas cortantes oferecendo risco, o não comprometimento dos empresários do setor ao oferecer equipamentos de proteção individual adequados, desrespeito total a diversos direitos trabalhistas, que se dá com a não observância do intervalo para refeição e das pausas para relaxamento e alongamento, o pagamento incorreto das horas "por produção", não discriminação no atestado de saúde ocupacional dos riscos da atividade dos rurícolas.

Um dos maiores problemas no corte da cana-de açúcar é o ganho por produtividade. Sendo a tarefa da lavoura muito desgastante esse tipo de pagamento por produção é um convite à degradação à saúde dos trabalhadores posto que diante do sol, o calor, o trabalhador se vê obrigado a trabalhar excessivamente. Não raro há casos de óbitos por paradas cardíacas por trabalho excessivo sob o forte sol.

HOJE EM DIA. 

 

Embora a mecanização da colheita tenha assumido o lugar dos cortadores, ela também tem contribuído para diminuir, e muito a oferta de empregos. Só em São Paulo, 83% por cento da área colhida já é feita por máquinas o que impediu a contratação de 20 mil cortadores de cana em 2014 comparados com o ano anterior.  Existem lugares onde a transição está sendo feita aos poucos. Para tentar minimizar os efeitos do desemprego, alguns municípios têm tomado medidas. É o caso de Sertãozinho (SP), que fez um pacto para negociar dívidas em bancos, oferecer cestas básicas a preço de custo e fazer a manutenção de planos de saúde dos trabalhadores. Porém a tendência é que o trabalho seja totalmente substituído pelas máquinas, mas também forçará as famílias de zonas rurais a buscarem outras formas de sustento.

E você? Conhece alguém que trabalha ou já trabalhou como cortador? O que acha que o governo deveria fazer para dar mais apoio aos trabalhadores. Sua opinião é bem vinda. Deixe seus comentários abaixo.


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