Crianças que brincam têm mais chances de crescerem adultos saudáveis. Aponta estudo.

A arte de brincar é essencial para a saúde da criança.
Existe um movimento que vem crescendo na Europa e EUA e agora possui adeptos no Brasil. É o chamado Slow Parenting (pais sem pressa) que ensina aos pais que as crianças não precisam ter tantos compromissos e que dessa forma possam ter mais liberdade de explorar o mundo a sua volta, no seu próprio tempo. Um movimento que vem na contra mão das tendências modernas de como criar o filho, que os preparam desde pequenos para os desafios profissionais da vida matriculando-os em varias atividades como os cursos de formação, a fim de os tornarem cada vez mais competitivos.  

Tal atividade vem influenciada por pais preocupados em preparar o filho para o mercado de trabalho. Porém, segundo especialistas, isso os sobrecarrega pelos excessos. A brincadeira é muito importante, pois pelos estudos dos especialistas, consiste na forma como eles aprendem a enxergar o mundo a sua volta sem qualquer tipo de pressão. Segundo afirmam, as crianças que não tem tempo de fantasiar e experimentar o mundo perdem a noção do que é ser criança. É muito importante para os pequenos terem tempo para fantasiar e experimentar o mundo para  a prática livre de desenvolvimento da imaginação e a serem criativos.

É muito importante garantir acesso à saúde e educação, dar carinho e alimentá-las. Mas isso não basta. Estudos apontam que igualmente importante é satisfazer a sede de brincar. Investir nos primeiros seis anos de vida da criança pode reduzir problemas como a violência e consumo de drogas. A brincadeira, por não estar associado ao trabalho, ao ganho material é sempre visto como algo sem importância. É aí onde está o erro. Ela é um elemento indispensável, principalmente nos seis primeiros anos de vida, pois desenvolve a autoestima, o estabelecimento de vínculos com os pais e o aumento da capacidade de sentir empatia pelos outros, além de aprenderem a lidar com conflitos e a terem autocontrole à situações inesperadas, ou seja, a viver melhor em sociedade. 

SEGUNDO ESPECIALISTAS


Os benefícios de brincar se estendem até a vida adulta.
Uma das referências a essa conclusão foi uma pesquisa realizada pela Universidade de Winsconsin-Madison (EUA). Nesta, constatou-se que as crianças negligenciadas na infância possuíam tamanho menor da amídala e hipocampo (regiões do cérebro associadas às emoções, como a empatia, e à memória) em comparação com as crianças que tiveram estímulos para brincar. Ainda nesse estudo, conclui-se que as crianças que não recebem a atenção dos pais são mais propensas a desenvolver estresse na infância, aumentando os riscos de dependência em drogas, alcoolismo e obesidade.

Especialistas aqui no Brasil, como o médico especializado em pediatria social e presidente da Academia Brasileira de Pediatria (ABP) José Martins Filho, e Marilena Flores Martins, fundadora da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar (IPA Brasil) vão ao encontro dessa afirmação. A interação do bebê e da criança com os pais é fundamental para seu desenvolvimento saudável. A criança que não recebe aconchego pode sofrer de “estresse tóxico precoce”. Brincar é uma forma de demonstrar carinho aos pequenos e a negligencia dos adultos para atender essas necessidades físicas e emocionais, como brincar, podem provocar danos psicológicos profundos que perdurará para o resto da vida. Segundo Marilena, ao brincar as crianças desempenham vários papeis. Elas aprendem a ter humor, a rir de si mesmos e a se colocar no lugar do outro.

Brincar com as crianças não é só uma atividade lúdica, é algo vital para o seu crescimento de forma saudável.

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Silvino Castro - A Sua Mão Amiga.


FONTES:

 

http://www.ipabrasil.org/
http://roteirobaby.com.br/2016/06/vem-ai-1o-slow-fun-brasilia.html#.WML3A7javIU

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