QUE O AMOR AUMENTE MAIS E MAIS EM TODA PERCEPÇÃO!

Minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus. E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo (Fp 1:8-10).
Sobre o primeiro capítulo da Epístola de Paulo aos Filipenses. No versículo 6 vemos que nossos dias têm muito valor diante do Senhor! No versículo 7 percebemos que somos participantes da graça juntamente com o apóstolo. As palavras de Paulo demonstram que há um vínculo orgânico entre o apóstolo e os irmãos. Também vemos que um apóstolo genuíno tem a preocupação de fazer a defesa e confirmação do evangelho. Isso porque os membros do Corpo podem ser manipulados por toda sorte de vento de doutrina e pela astúcia daquelas pessoas que são eloquentes e induzem o rebanho ao erro (Ef 4:14).

Um pequeno e “insignificante” desvio de apenas meio grau numa linha reta ocasionará quilômetros de distância de desvios mais à frente. mas nada do que fazemos pode sair da linha de Deus. Seu plano de dispensar a Si mesmo para dentro da humanidade. Por isso nunca devemos fazer nada fora da comunhão. E, o apóstolo, cabe a responsabilidade de fazer a defesa e confirmação do evangelho. Por isso devemos ouvi-lo. Esse é o caminho da bênção para as igrejas (2 Cr 20:20b).
A palavra “terna” em Filipenses 1:8 refere-se às entranhas, às vísceras. É uma expressão que os hebreus usavam para denotar os sentimentos humanos mais puros, mais profundos, mais viscerais, íntimos e verdadeiros (seja de amor ou de ódio). Mas aqui é misericórdia! Nós precisamos disso para viver uma vida vitoriosa e feliz daqui para frente. Em vez de olhar um para o outro com a nossa régua de medir, com o objetivo de encontrar falhas, criticar e julgar, vamos nos encher das ternas misericórdias de Cristo (Mt 7:1-2). Olhar para os familiares, esposa, filhos, pais, colegas e vizinhos com os olhos ternos de afeto, de misericórdia, de perdão, de tolerância, de paciência. Quando você estiver para estourar, para perder a paciência, julgar, criticar, falar mal dos irmãos ou de qualquer outra pessoa, lembre-se de voltar para essa parte profunda do espírito, onde estão as ternas misericórdias de Cristo. Assim iremos olhar os outros com olhar de compaixão, de misericórdia, de perdão, tolerância, paciência e de amor. Essa prática vai mudar nossa vida. Vai promover cura e libertação em nosso meio. Vai fazer de nós verdadeiros cooperadores no evangelho.
Apesar de a igreja em Filipos ser uma igreja que participava juntamente com o apóstolo pela causa do evangelho, ajudando no seu sustento e sendo unânimes com ele (Fp 4:10, 15-16), Paulo orava para que o amor deles aumentasse mais e mais em pleno conhecimento e toda percepção (1:9). O amor deles precisava aumentar em conhecimento preciso, correto, exato, e também em percepção e discernimento. Isso porque os filipenses estavam sendo assediados pelos apóstolos vindos dentre os judaizantes para distraí-los do evangelho que Paulo havia pregado. E como eram muito amorosos, poderiam receber essas pessoas e se distraírem da linha central da Bíblia, comunhão com Deus.
Nosso amor não pode ser ingênuo! Isso quer dizer que nós devemos amar as pessoas, mas não podemos tolerar desvios daqueles que, com palavras eloquentes, tentam nos distrair da economia de Deus. Amar a pessoa é uma coisa, mas tolerar a obra que traz dano à igreja é outra coisa. Por isso Paulo pedia aos filipenses que tivessem amor com discernimento. Da mesma forma, nós precisamos daquilo que nos ajude no dia a dia a promover o avanço do evangelho até o Senhor voltar!
Pastor Silvino Castro - #Conselheirodafamilia

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