LIBERTADOS PELO PERDÃO!

Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados (Lc 6:37).
Conhecedor da limitação da natureza humana caída em razão da corrupção do pecado, Deus se fez um homem pela encarnação, introduzindo a divindade na natureza humana. Seu viver humano elevou as virtudes humanas ao patamar divino. Somente essa humanidade elevada pela divindade possui a terna misericórdia de Cristo Jesus mencionada em Filipenses 1:8. Essa é a natureza celestial que recebemos quando cremos no Senhor Jesus.
Por vezes, no serviço ao Senhor, ocorrem mal-entendidos e surgem ressentimentos e mágoas entre os irmãos. Esses sofrimentos frequentemente sobrevêm àqueles que servem ao Senhor na igreja e em Sua obra, levando alguns cogitarem a desistir. Por isso é necessário que experimentemos a humanidade elevada de Jesus que está em nosso espírito. Nela há o perdão, que tem poder para limpar todo ressentimento e mágoa do passado. Querido leitor, aprenda a perdoar e a pedir perdão. O perdão é libertador. Na carne não temos coragem nem ousadia de pedir perdão, nem tampouco o poder para perdoar, mas, se estivermos no espírito, poderemos liberar o perdão, que transforma as lágrimas de tristeza em alegria e nos dá libertação.
Vamos ler Colossenses 3:13-14: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição”. Em nosso velho homem somos misericordiosos conosco e rígidos para com os outros. No entanto, quando estamos no espírito, experimentamos o amor de Deus, que nos faz olhar para os outros com compaixão, ou seja, buscando compreender o que estão passando, suas dores e dificuldades, nos levando a exercitar a misericórdia.
A experiência de revestir-nos de ternos afetos de misericórdia de Cristo Jesus nos faz perceber que todos somos membros necessários no Corpo de Cristo, e completamos uns aos outros.
Deixemos todo julgamento e toda crítica em relação aos irmãos, pois todos somos servos do Senhor, que é o único reto juiz competente para julgar a todos em Sua vinda (Rm 14:4, 10-12). Em vez de julgar e criticar, vamos orar uns pelos outros. Isso eliminará a competição e as possíveis disputas na igreja, estabelecendo uma base adequada para o avanço do evangelho.

Por fim, no versículo 15 lemos: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos” (Cl 3). O resultado de vivermos nessa nova natureza celestial é a paz na igreja. Não basta cuidarmos de nossa saúde física, é igualmente necessário cuidarmos do nosso interior para que vivamos em paz no Corpo de Cristo. Embora sejamos muitos irmãos, muitos obreiros e muitas igrejas, somos um só Corpo e precisamos uns dos outros. O Senhor nos deu Cristo e nos deu a igreja. Aleluia! Quantas razões temos para louvar e agradecer o Senhor! Deixemos as queixas e sejamos agradecidos.
Pastor Silvino Castro - #Conselhereirodafamilia

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